segunda-feira, 30 de julho de 2007

Munique, de Steven Spielberg

Munique faz parte da categoria de filmes "sérios" de Spielberg, como A Cor Púrpura, A Lista de Shindler e Amistad, podendo se destacar nesse grupo talvez como o mais sério, mais difícil e mais coeso de sua filmografia.
Ao mexer nesse vespeiro da disputas de terra entre Israel e, a partir dos eventos ocorridos durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, Spielberg consegue acertar um ponto chave para o sucesso do longa: não tomar partido. Isso não significa ficar em cima do muro ou simplismente não adentrar demais nas raízes do problema, mas de um modo simples até, dizer que ambos os lados estão certos ou errados, dependendo do grau de rancor de cada um.
A família, ponto central dos filmes de Spielberg continua lá, mas não detêm o mesmoa mesma forma ou função de outros filmes seus. Ao aceitar liderar um esquadrão de vingança aos palestinos, o protagonista não questiona só o fato de uma futura recompensa e independência financeira, ele precisa defender sua pátria(família) e fazê-la merecer respeito.
Munique representa de certa forma uma ruptura da recente fase de Spielberg, onde, se o clima triste e melancólico continua, sai o tom asséptico 'a la Kubrick ' que se fez presente em A.I, Minority Report, Prenda-me se for Capaz e Guerra dos Mundos e dá lugar a um caos de informações, de poluição visual, de uma ação quase documental.
Spielberg trabalha com talvez o melhor diretor de fotografia, pelo menos meu favorito: Janusz Kaminski, que aqui se supera, novamente. Habituado com o uso da intensificação da luz clara invadindo os ambientes, da translucidez, em Munique o tom cinzae alarenjado aparecem de um modo que eu nunca tinha visto. Há um quê de sufocamento nessa iluminação, e juntando a isso os planos muito bem sintetizados da dupla. *****

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Os filmes de Junho

A Marca da Maldade, de Orson Welles - 4
Cão se Dono, de Beto Brant - 3
Cidadão Kane, de Orson Welles - 4
Conceição, Autor bom é autor morto, da (UFF) - 2
Crônica de Anna Magdalena Bach, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet - 2
Luz de Invierno, de Alexandro Arroz - 2
Proibido Proibir, de Jorge Durán - 3
Os doze trabalhos, de Ricardo Elias - 1
Quem bate à minha porta?, de Martin Scorcese - 3*
Santiago, de João Moreira Salles - 4
Zodíaco, de David Fincher - 3