Era de se suspeitar da permanência da capacidade de imaginação e inovação da Pixar, primeiro porque foi recém comprada pelo grupo Disney e não sabíamos qual poder de interferência do grupo e segundo, pelo longa anterior da Pixar: Carros, que foi considerado um filme mediano em comparação aos anteriores da empresa. Ratatouille, além de ser um deslumbre visual, se coloca como um dos principais filmes feitos poe eles.
Apesar de estilizado, Remy, o ratinho que protagoniza o filme não se parece com um rato de boutique, (como, por exemplo Mickey?) ele aparenta ser um ratinho comum e isso poderia se transformar num grande risco para o sucesso do longa, visto que esse rato quer cozinhar num grande restaurante. Isso tudo além de estranho soa forçado, e o modo com que isso foi trabalhado é que completa o filme provoca lembranças dos antigos desenhos da Disney, por exemplo, em que o lúdico se encontra com o inimaginável aparecem várias vezes durante o longa como: Remy guiando o aspirante a cozinheiro pelos cabelos, o exército de ratos perseguindo o ex-chefe de cozinha do restaurante e ajudando nos afazeres da cozinha, e com as mãos limpas!
É lugar comum mencionar o capricho que cada animação da Pixar promove e cada filme avança horrores na questão técnica e Ratatouille não foge a regra: do acerto na concepção dos cenários e enquadramentos, no ritmo da narrativa, na transposição de uma Paris cotidiana e idealizada(alguns cenários externos chegam a parecererm reais), e ao acerto em caricaturar os personagens humanos de forma a fácil identificação. ****
