segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Fogo Contra Fogo, de Michael Mann


Digamos que Michael Mann procura não só fazer um filme de ação nos moldes habituas que Hollywood costumeiramente cobra desse tipo de filme como consegue como poucos se manter no esquema do cinemão americano (seu último filme, Miami Vice, é orçado em torno de U$140 milhões) e estruturar seus filmes com uma visão autoral que permite não só dialogar entre seus filmes como estimular o gênero como um todo.
O que mais me chama a atenção nesse filme e o que normalmente me identifico em seus filmes se resume ao papel estético que a cidade tem para Mann. Nesse filme Los Angeles aparece em longas tomadas noturnas de imenso impacto, junto as grandes avenidas e auto-estradas, grande parte das vezes mostradas de forma gráfica e conciza.frequentemente a cidade aparece como pano de fundo de várias casas e cenários. Num determinado momento do filme, o personagem de Robert De Niro e futura namorada conversam numa varanda de frente para a cidade, que acaba por ocupar toda a volta do plano, transbordando luz e quase que pedindo para ser notada. É interessante notar que de um certo modo essa sua preocupação se aprofunda se compararmos esse filme a Colateral, filme em que Los Angeles realmente é mostrada de forma completamente estilizada com a ajuda da imagem digital e participa intensamente de todo conceito que o filme, sendo de certa forma esmiuçada pela frenética correria dos personagens. ****

2 comentários:

ally_c disse...

oie! hehehe poxa tô perdendo os filmes do cineclube de novo! hehehe
então..as notas q eu dei é mto relativo..as vezes o filme é bem feito mas eu n fiquei envolvida...as vezes é o contrário...e simpons...foi engraçado, divertido..mas clichê demais...sei lá...acho que eu esperava algo diferente! =)
quais critérios vc usa pra dar essa notinha?!

José Araújo disse...

Dar notas realmente é bem complicado porque você acaba comparando filmes totalmente diferentes, é algo bem subjetivo mesmo, acho que fica a critério de cada um. Mas um filme que eu goste, que não me ofenda no sentido de não me condicionar a ser um bobo, de me proporcionar, se não diversão, ao menos coloque minha cabeça pra funcionar, como por exemplo alguns do cineclube, costumo dar uma nota média. E isso pode mudar bem rápido, visto como nós q estudamos isso adquirimos bagagem pra pensarmos diferente de forma bem veloz. Direto vendo meus posts antigos questiono as notas dadas por mim a pouco tempo, talvez agora não seriam bem essas notas, mas, enfim, acho q cada um faz o seu critério. :)