
Um filme que, no geral, agradou mais os críticos que o próprio público, o longa presta uma homenagem ao primeiro King Kong, ignorando totalmente o dos anos 70. Talvez ainda detido em sua trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson elaborou um filme-evento numa escala incrivelmente equivalente, se não de universo, de trabalho realizado.
Além de sua capacidade criativa, de elaboração técnica e criativa, é contudo no nível da atuação que Jackson se distancia de, por exemplo, de um Michael Bay, George Lucas e Brett Ratner, e se aproxima a Spielberg, Ridley Scott e Sam Raimi. porque, no final das contas, é o ator que sustenta todo o aparato técnico a sua volta.
A mim, me parece que Jackson procura, com sua escala épica e absurdamente grande e alguns procedimentos do início do cinema, como as miniaturas, alterações de escalas, nos impressionar, e talvez, arrancar de nós a aflição infantil da grandiosidade do próprio cinema, que, com o tempo é diluída até o nível da descrença. ****